sexta-feira, 3 de maio de 2013

Palavras com Sol...

Limitava-me a esperar-te, mesmo quando a certeza de que não virias assomava, eu esperava...
Sabia que não te tinhas ausentado por muito tempo, sabia que amanhã estarias aí com o teu sorriso rasgado e o abraço quente a que me habituaste, sempre...
Mesmo nos dias em que teimavas em não aparecer, o que ficava era esse teu abraço, quente e intenso, um abraço que abraçava mesmo e aquecia, como nenhum outro.
Às vezes deixava passar as horas e esperava-te na praia, esquecida no último abraço que me tinhas dado, apenas isso, esquecida no abraço que hoje não tinha, o abraço quente que não me fugia, ainda que não o sentisse hoje. 
Abracei-te e esperei-te tantas vezes, quantas as que nascias para mim, estavas lá omnipresente, nos dias em que só a chuva me comprava as lágrimas e as levava com ela... Estavas lá nos dias frios e cinzentos, quando, nem toda a roupa me deixava lembrar-te, estavas sempre lá, até quando eu duvidei... 
Depois, havia os outros dias, em que a tua presença era tão profundamente sentida que não me permitia sequer duvidar, vibrante de calor, de amor e do abraço, desse abraço que permanecia em mim, até aos dias de Inverno em que me visitavas timidamente e sem avisar... 
Hoje abraço-te de novo e deixo-me ficar...

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